Rá! Era de se esperar que após algumas demonstrações de dificuldades, a Ziff-Davis - uma das gigantes americanas da mídia impressa - colocasse à venda sua divisão de games. O que me surpreendeu foi que eles colocaram à disposição também o excelente site 1up.com.
Não que o 1up.com esteja fadado ao fracasso. Pelo contrário: ao meu ver é hoje o segundo site de games do mundo, atrás apenas do GameSpy (do grupo IGN). Possui um design inovador, matérias francas e bem direcionadas ao público gamer, interação agradável com a comunidade através de blogs e vídeos... É, literalmente, o futuro do mercado impresso (revistas) em um site.
O 1up realmente caminhava para agregar o que há de melhor nas publicações impressas da Ziff-Davis, como a EGM (marca forte em todo o mundo, inclusive no Brasil). A decisão de vender TODA a área de games mostra que a Ziff-Davis não acredita neste mercado. Não quer o pepino editorial do 1up sem as revistas impressas, que, direta e indiretamente, faziam o poder do site.
Do ponto de vista administrativo e econômico, é melhor perder uma boa marca, mesmo estando no seu auge, do que vender 90% de sua área e perder força bruta (as "pessoas" que fazem o bom trabalho) arriscando apenas no poder da marca, imaginando que ela pode continuar no alto com novos empregados, com um rumo diferente.
Vendendo a EGM e o 1up a Ziff-Davis vai largar toda essa batata quente (para não repetir o termo pepino) nas mãos de algum maluco disposto a acabar com o mercado impresso e apostar apenas na Internet.
Que seja feito desta forma. Melhor continuar com o bom nível de apenas um projeto do que acabar pouco a pouco com tudo que é feito. De uma forma ou de outra, é triste constatar que o mercado impresso vai acabar um dia. Há uma década os editores dos maiores jornais norte-americanos se juntam para discutir os novos rumos do mercado, que caminho seguir, o que fazer para evitar a cova... E nunca encontraram uma solução
RIP: Ziff-Davis. RIP: mercado impresso.
*****
Essa decisão da Ziff-Davis me fez pensar: vale a pena investir no mercado editorial de games? Vale a pena ser jornalista para cobrir este mundo? Vale a pena ser jornalista para cobrir qualquer área que seja?
Cada vez mais quero fazer faculdade de cinema ou publicidade e deixar essa coisa de jogos de lado. Trabalhar com games é dor de cabeça. Eu já disse isso aqui neste blog.
Mas não vou abandonar o barco agora. Ainda é o que eu gosto de fazer, e faço com carinho, amor, dedicação, trabalhando horas por dia e dormindo cada vez menos. Pelo menos na área que estou me aventurando agora rola algo diferente... mais ligado ao esporte real, ao mundo real.
Patrocínios, eventos, feiras... Apesar de ainda fazer parte da Internet e dos games, o esporte eletrônico ("ciberesporte") toma um caminho diferente do que vemos no mercado editorial. É o futuro, aliado ao marketing e à publicidade nos jogos.
Vamos investir agora, enquanto não temos grandes concorrentes. Uma aposta pessoal de cada um envolvido no projeto. Vai dar certo - mais importante que o pioneirismo, é chutar a bola no momento certo.
Não que o 1up.com esteja fadado ao fracasso. Pelo contrário: ao meu ver é hoje o segundo site de games do mundo, atrás apenas do GameSpy (do grupo IGN). Possui um design inovador, matérias francas e bem direcionadas ao público gamer, interação agradável com a comunidade através de blogs e vídeos... É, literalmente, o futuro do mercado impresso (revistas) em um site.
O 1up realmente caminhava para agregar o que há de melhor nas publicações impressas da Ziff-Davis, como a EGM (marca forte em todo o mundo, inclusive no Brasil). A decisão de vender TODA a área de games mostra que a Ziff-Davis não acredita neste mercado. Não quer o pepino editorial do 1up sem as revistas impressas, que, direta e indiretamente, faziam o poder do site.
Do ponto de vista administrativo e econômico, é melhor perder uma boa marca, mesmo estando no seu auge, do que vender 90% de sua área e perder força bruta (as "pessoas" que fazem o bom trabalho) arriscando apenas no poder da marca, imaginando que ela pode continuar no alto com novos empregados, com um rumo diferente.
Vendendo a EGM e o 1up a Ziff-Davis vai largar toda essa batata quente (para não repetir o termo pepino) nas mãos de algum maluco disposto a acabar com o mercado impresso e apostar apenas na Internet.
Que seja feito desta forma. Melhor continuar com o bom nível de apenas um projeto do que acabar pouco a pouco com tudo que é feito. De uma forma ou de outra, é triste constatar que o mercado impresso vai acabar um dia. Há uma década os editores dos maiores jornais norte-americanos se juntam para discutir os novos rumos do mercado, que caminho seguir, o que fazer para evitar a cova... E nunca encontraram uma solução
RIP: Ziff-Davis. RIP: mercado impresso.
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Essa decisão da Ziff-Davis me fez pensar: vale a pena investir no mercado editorial de games? Vale a pena ser jornalista para cobrir este mundo? Vale a pena ser jornalista para cobrir qualquer área que seja?
Cada vez mais quero fazer faculdade de cinema ou publicidade e deixar essa coisa de jogos de lado. Trabalhar com games é dor de cabeça. Eu já disse isso aqui neste blog.
Mas não vou abandonar o barco agora. Ainda é o que eu gosto de fazer, e faço com carinho, amor, dedicação, trabalhando horas por dia e dormindo cada vez menos. Pelo menos na área que estou me aventurando agora rola algo diferente... mais ligado ao esporte real, ao mundo real.
Patrocínios, eventos, feiras... Apesar de ainda fazer parte da Internet e dos games, o esporte eletrônico ("ciberesporte") toma um caminho diferente do que vemos no mercado editorial. É o futuro, aliado ao marketing e à publicidade nos jogos.
Vamos investir agora, enquanto não temos grandes concorrentes. Uma aposta pessoal de cada um envolvido no projeto. Vai dar certo - mais importante que o pioneirismo, é chutar a bola no momento certo.
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