Rá! Agora é mais que oficial. O governo brasileiro finalmente anunciou o PAC, o conjunto de medidas que visam acelerar o crescimento do país.
Não vou comentar sobre todo o pacote, deixo isso para sites de economia e jornais. Aliás, leiam os jornais impressos: aqui no Brasil eles ainda definem as "principais pautas" do jornalismo na TV.
Mas vou comentar o que interessa para nós, gamers e viciados na Internet. A primeira medida é uma que NÃO EXISTE. Lulinha parou de falar com o pai e não conseguiu colocar no PAC nenhuma medida que favoreceria a indústria de jogos eletrônicos no Brasil. Continuamos com a política de taxar games e consoles como se fossem máquinas caça-níqueis - impostos absurdos!
Caso dessem aos jogos o mesmo tratamento diferenciado ao mercado de informática, e quem sabe ao mercado de TV digital, teríamos um dos menores preços de videogames (e CDs/DVDs com os jogos) da América Latina.
Tudo bem... Eu acredito em Deus e no milagre divino (LOL). Sei que o congresso vai dar atenção a essa questão, saberá que videogame não é cassino (LOL¹²³¹³¹¹²²²).
A segunda medida existe, felizmente. É uma das que mais me surpreenderam no PAC, de uma maneira geral. O governo ampliou a isenção de PIS e Cofins para computadores e notebooks, reduzindo os tributos dos produtos com valor de até R$ 2.500 e R$ 3.000 (respectivamente PC e note) para até R$ 4.000. É um valor respeitável, e a medida é bastante inteligente.
Primeiro: vai fomentar o mercado de notebooks, como fez com o mercado de computadores de mesa no ano passado (as vendas subiram de 5,5 milhões de unidades em 2005 para quase 7,5 milhões em 2006 - praticamente acabando com o mercado cinza, "pirata"). Segundo: quem conseguiu um emprego melhor nesse ano poderá já trocar de PC para algo melhor. Terceiro: quem está dependendo de um impulso pra trocar de PC, como eu, vai aproveitar e ver com olhos ainda mais atenciosos os micros montados no país, principalmente os voltados para o mercado high-end - como os produtos da Preview.
É incrível, mas ao fazer os cálculos hoje de noite deu pra ver que ao comprar um micro na Preview com a redução dos impostos eu gastarei coisa de R$ 200 a mais do que se fosse comprar "no mercado cinza". Na boa, R$ 200... Isso compra minha segurança sim senhor.
Poderia ser ainda melhor, diminuindo ainda mais os impostos para os micros de até R$ 2.500. Mas o dólar baixo e os juros menores cuidarão para que os preços dos PC's de "baixo-custo" caiam AINDA mais. Sabiam que é possível comprar um gabinete (só gabinete, sem periféricos como monitor, mouse e teclado) com um PC razoável por apenas R$ 599? Pois é... Pesquisem por aí.
A indústria da TV Digital também foi agraciada. Além dos tributos da zona franca de Manaus, acertados desde o ano passado para a construção dos set-top-boxes nacionais, o governo também reduziu impostos para a indústria de uma forma geral. Aliás, isso me faz lembrar uma observação que o ministro Guido Mantega fez. Com todo o investimento que o governo fará em infra-estrutura, no mercado digital e na informática, o Brasil deverá virar uma nova coqueluche para fábricas de semi-condutores. Quem diria! (Nunca é demais lembrar: a MSI vai instalar uma fábrica no Nordeste ainda neste ano, para fabricar peças destinadas a todo o mercado latino-americano).
Por fim, a tal infra-estrutura. Após anos priorizando o "social", o país finalmente investirá em si próprio. Uma política antiga, mas que ainda dá resultados. Investe-se no país para que todos invistam juntos, fazendo a economia crescer ainda mais. Ora, se o país não investe, quem investirá?
Confio piamente que com uma economia acelerada, poderemos já discutir PACs para redução de impostos. Como aqueles das tais "máquinas caça-níqueis"...
*****
Pessoalmente, várias medidas podem me ajudar. Será que compro uma casa esse ano? Não custa nada sonhar... Farei minha parte. Vou correr atrás.
Não vou comentar sobre todo o pacote, deixo isso para sites de economia e jornais. Aliás, leiam os jornais impressos: aqui no Brasil eles ainda definem as "principais pautas" do jornalismo na TV.
Mas vou comentar o que interessa para nós, gamers e viciados na Internet. A primeira medida é uma que NÃO EXISTE. Lulinha parou de falar com o pai e não conseguiu colocar no PAC nenhuma medida que favoreceria a indústria de jogos eletrônicos no Brasil. Continuamos com a política de taxar games e consoles como se fossem máquinas caça-níqueis - impostos absurdos!
Caso dessem aos jogos o mesmo tratamento diferenciado ao mercado de informática, e quem sabe ao mercado de TV digital, teríamos um dos menores preços de videogames (e CDs/DVDs com os jogos) da América Latina.
Tudo bem... Eu acredito em Deus e no milagre divino (LOL). Sei que o congresso vai dar atenção a essa questão, saberá que videogame não é cassino (LOL¹²³¹³¹¹²²²).
A segunda medida existe, felizmente. É uma das que mais me surpreenderam no PAC, de uma maneira geral. O governo ampliou a isenção de PIS e Cofins para computadores e notebooks, reduzindo os tributos dos produtos com valor de até R$ 2.500 e R$ 3.000 (respectivamente PC e note) para até R$ 4.000. É um valor respeitável, e a medida é bastante inteligente.
Primeiro: vai fomentar o mercado de notebooks, como fez com o mercado de computadores de mesa no ano passado (as vendas subiram de 5,5 milhões de unidades em 2005 para quase 7,5 milhões em 2006 - praticamente acabando com o mercado cinza, "pirata"). Segundo: quem conseguiu um emprego melhor nesse ano poderá já trocar de PC para algo melhor. Terceiro: quem está dependendo de um impulso pra trocar de PC, como eu, vai aproveitar e ver com olhos ainda mais atenciosos os micros montados no país, principalmente os voltados para o mercado high-end - como os produtos da Preview.
É incrível, mas ao fazer os cálculos hoje de noite deu pra ver que ao comprar um micro na Preview com a redução dos impostos eu gastarei coisa de R$ 200 a mais do que se fosse comprar "no mercado cinza". Na boa, R$ 200... Isso compra minha segurança sim senhor.
Poderia ser ainda melhor, diminuindo ainda mais os impostos para os micros de até R$ 2.500. Mas o dólar baixo e os juros menores cuidarão para que os preços dos PC's de "baixo-custo" caiam AINDA mais. Sabiam que é possível comprar um gabinete (só gabinete, sem periféricos como monitor, mouse e teclado) com um PC razoável por apenas R$ 599? Pois é... Pesquisem por aí.
A indústria da TV Digital também foi agraciada. Além dos tributos da zona franca de Manaus, acertados desde o ano passado para a construção dos set-top-boxes nacionais, o governo também reduziu impostos para a indústria de uma forma geral. Aliás, isso me faz lembrar uma observação que o ministro Guido Mantega fez. Com todo o investimento que o governo fará em infra-estrutura, no mercado digital e na informática, o Brasil deverá virar uma nova coqueluche para fábricas de semi-condutores. Quem diria! (Nunca é demais lembrar: a MSI vai instalar uma fábrica no Nordeste ainda neste ano, para fabricar peças destinadas a todo o mercado latino-americano).
Por fim, a tal infra-estrutura. Após anos priorizando o "social", o país finalmente investirá em si próprio. Uma política antiga, mas que ainda dá resultados. Investe-se no país para que todos invistam juntos, fazendo a economia crescer ainda mais. Ora, se o país não investe, quem investirá?
Confio piamente que com uma economia acelerada, poderemos já discutir PACs para redução de impostos. Como aqueles das tais "máquinas caça-níqueis"...
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Pessoalmente, várias medidas podem me ajudar. Será que compro uma casa esse ano? Não custa nada sonhar... Farei minha parte. Vou correr atrás.
6 comentários:
Nossa, muito bacana seu texto cara!
Realmente a impressão que tmeos é que não existe "vontade" das pessoas responsaveis para que essa redução realmente aconteça, pois se existem reduções muito boas para outros meios, como computadores, como vc bem citou, não entendo o porque não baxar o preço dos impostoso sobre games em geral. É uma pena que esse assunto ainda seja levado como algo infantil e sem importancia para os senhores responsaveis.
Diminuição não só para os VG's, mas para toda área ligada a esse entretenimento, como CD's (música), DVD's (filmes). Acho que englobando uma área maior tal medida ganharia mais força para ser aprovada.
Talvez desse modo, junto com uma campanha de educação, possa haver uma queda nos níveis de pirataria nesse país, principalmente sobre a indústria de jogos (94%, dado de 2004).
Ainda tenho esperanças.
Ainda há esperança?
não há mais esperanças......(choro)
Valeu, Lucas! Governo precisa fazer a parte dele, claro, mas também precisamos fazer a NOSSA parte. Nem que seja apenas exigir... Quando "algo" acontecer, precisamos apoiar.
pegasus: a indústria de entretenimento audiovisual já tem impostos diferenciados, bem menores do que os "videogames". Também recebe mais benefícios e apoio do governo.
todos: Esperança foi uma novela da globo :D
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