quinta-feira, setembro 28, 2006

Me dê um abraço

Antes de mais nada, vejam esse vídeo:



Juan Mann teve uma idéia brilhante: passar um pouco de seu calor humano para as pessoas de uma cidade, através de abraços. Para isso ele criou uma placa com os dizeres "FREE HUGS", que significa ao pé da letra "abraços de graça". A princípio o povo não entendeu muito bem essa atitude e o achou louco, muitos olhando com ares desconfiados... Mas Juan apenas queria dar seus abraços, compartilhar um pouco do amor que ele sente pelo mundo e pelas pessoas. Pouco a pouco, o povo foi abraçando-o. E cada vez mais abraços eram dados, cada vez mais pessoas aderiam à campanha, também carregando placas e dando abraços aos transeuntes.

Nos tempos modernos há uma grande falta de contato entre a humanidade: o mundo fica cada vez menos sociável. Por causa disso, a campanha de Juan passou a ser um fenômeno, conhecida por toda a cidade.

As autoridades - fiscais, policiais, oficiais da prefeitura - tiveram que acabar com isso. Uma das prováveis razões é a tal regra política de tentar evitar qualquer manifestação popular antes que ela vire algo grande o suficiente para derrubar governos.

Juan não queria isso, ele queria apenas abraçar as pessoas e fazê-las entender o quão importante é o contato humano, transmitir seu calor para alguém desconhecido, fazer o dia melhor e fazer a sua vida valer a pena.

A campanha continuou nas ruas, agora com um abaixo-assinado para que "autorizassem" a nobre e inocente manifestação de afeto. 10.000 assinaturas foram recolhidas e, com isso, até mesmo os policiais passaram a receber - e dar - abraços.

Um ato bonito, uma excelente iniciativa, algo que todos precisamos: calor humano, sinceridade em gestos de compaixão.

Agora, se você não quer se revoltar comigo nem leia a parte de baixo...

Nós não precisamos de Deus. Precisamos de um abraço. Milagres não existem, mas aquela pessoa que você vê todo dia no ponto de ônibus existe. Abrace-a! Ela pode fazer seu dia diferente! VOCÊ pode fazer o dia dela melhor. Nós não precisamos de palavras ditas por pastores, padres ou o que seja. Precisamos apenas de um grande e imenso abraço coletivo, passar o calor humano e uma esperança de paz e entendimento entre todas os credos, raças, países, movimentos, partidos...

Não creia em Deus. Creia na humanidade.

Creia no poder que um abraço possa ter.

Abrace um amigo. Abrace um estranho. Você já abraçou alguém hoje?

4 comentários:

Anônimo disse...

Muito legal esse post...

Abraçar um estranho seria realmente algo muuuuito estranho, mas todos os dias abraço pelo menos meus pais, minha namorada e meus amigos de trabalho (pessoas com que tenho maior convivência).

Propague a idéia aqui no Brasil! rs

Um abraço!

Paulo Rafael (Yaten) disse...

Cria uma plaquinha igual essa e tira xerox pra eu, tio!

Anônimo disse...

Pois é... Há tempos eu venho "mostrando minha placa" me propondo a "abraçar os outros", mas a coisa é bem difícil! O receio inicial, o medo de alguns pela desordem e o medo do incomum também... Isso sem contar aqueles que acreditam que meus "abraços" sejam perda de tempo, ou pior, seja algo maléfico!

Tenho certeza de que cê tem acompanhado meu trabalho no fórum da UNO, os "abraços" que tenho dado por lá. Acredite: não é o único lugar onde procuro "abraçar" os outros (Até mesmo no fórum da "temida" NC eu tenho dado uns abraçozinhos). E o esquema é o mesmo do cara aí - não desistir!

Claro que tem horas que começa a parecer que é muita gente pra abraçar, e/ou seus braços são pequenos demais. Mas tão logo você abrace o primeiro, começará a surgir outros que, no mínimo, também querem experimentar isso. E logo haverá uma legião de "abraçadores".

Pode até ser que nem todos venham a se abraçar, mas pelo menos, a partir de agora há alguém que abrace!

Gostou deste "abraço"? ^_^

Anônimo disse...

Amei este post! Uma pena que os governos desconfiam de tudo que foge da ordem.

E esse cara justamente foi alvo do governo pois foi uma excessão.

Desde pequeno somos moldados por essas consciências coletivas para andarmos de acordo com o padrão.

Qualquer coisa que quebre paradigmas receberá preconceito/medo dos demais...